Dez dias após soltar uma nota pedindo o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do comando da casa também para que ele pudesse exercer seu direito à ampla defesa, a oposição voltou a engrossar o tom no Legislativo, em resposta a acusações de suposta conivência com relação à situação do peemedebista.
Nesta terça-feira (20), os líderes de DEM, PPS e minoria - respectivamente, Mendonça Filho (PE), Rubens Bueno (PR) e Bruno Araújo (PE) - ressaltaram a gravidade das denúncias contra o parlamentar e tornaram a pedir seu afastamento, bem como o da presidente Dilma Rousseff.
"Não vamos blindar Cunha", afirmou o líder do DEM, Mendonça Filho, em coletiva de imprensa. "As denúncias contra Cunha são sérias, graves. Têm de ser investigadas", complementou.
Na mesma linha, o líder da oposição na casa, deputado Bruno Araújo, reconheceu a gravidade das acusações contra o presidente da casa e prometeu ação rigorosa de seu bloco.
"Seremos firmes no Conselho de Ética contra Cunha", disse.
O parlamentar aproveitou também para cobrar o Supremo Tribunal Federal agilidade na decisão sobre as liminares que suspenderam o impeachment da presidente da República.
A oposição corre contra o tempo para dar prosseguimento ao processo, aproveitando o momento de vulnerabilidade do governo.
O trio aproveitou a coletiva em Brasília para informar que a oposição tem interesse em prorrogar a CPI (Comissão Parlamentar Inquérito) da Petrobras, após relatório preparado pelo deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) frustras as expectativas e não envolver nenhum parlamentar, questionando apenas vazamentos por parte de autoridades policiais envolvidas nas investigações.

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