A estratégia dos aliados do vice-presidente é apresentar Temer como uma alternativa segura caso Dilma não conclua o mandato

iG Minas Gerais | Folhapress 
No momento em que o PMDB ensaia um afastamento do governo federal com a aceitação do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer reuniu-se neste sábado (5) com o pré-candidato do PSDB à sucessão presidencial e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
A presença de ambos foi combinada previamente e ocorreu em almoço promovido pelo presidente das Indústrias Reunidas São Jorge, Jorge Chammas Neto, em homenagem ao peemedebista. Também neste sábado, Dilma afirmou, em Recife, que mantém a confiança em Temer. "Espero integral confiança do Michel Temer e tenho certeza que ele a dará. Conheço o Temer como político, como pessoa e como grande constitucionalista", disse.
Segundo a reportagem apurou, Temer e Alckmin passaram a maior parte do evento reunidos em uma sala reservada do resto dos convidados. Na chegada e na saída, tiraram fotos com presentes e deixaram o encontro com uma diferença de tempo de cerca de dez minutos. O evento, uma feijoada para cerca de trinta convidados, teve as presenças de empresário e políticos e foi realizado na casa da filha do empresário, na capital paulista. Na lista de convidados, estavam o maestro João Carlos Martins, o reitor João Carlos Di Genio, da UNIP, entre outros.
APOIO
Nas últimas semanas, aliados do vice-presidente têm conversado com políticos de oposição em busca de apoio ao seu nome no caso do afastamento da petista. Na quarta-feira (2), por exemplo, horas antes do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter anunciado que aceitaria o pedido de impeachment, o peemedebista participou de almoço com senadores do PSDB, DEM e PSB.
Em mais um sinal do desgaste entre PMDB e PT, o ministro Eliseu Padilha (Avião Civil), um dos principais aliados de Temer, anunciou sua saída do governo federal na sexta-feira (4). A estratégia dos aliados do vice-presidente é apresentar Temer como uma alternativa segura caso Dilma não conclua o mandato. Além disso, eles organizam uma agenda de viagens do peemedebista pelo país no ano que vem, para torná-lo conhecido e aumentar sua capilaridade junto a lideranças e empresários regionais.

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