Liderança de Temer começou a ser questionada após críticas de que ele teria interferido nas discussões internas do partido no Congresso Nacional
José Cruz/Agência Brasil - 17.11.15
Liderança de Temer começou a ser questionada após críticas de que ele teria interferido nas discussões internas do partido no Congresso Nacional
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Vice-presidente cogita visitar todos os Estados da federação, exceto SP; antes de convenção que decidirá futuro do partido, aliado dá prazo para desembarque do governo: 1º de janeiro

Em campanha para continuar no comando do PMDB, o vice-presidente da República, Michel Temer, dá início nesta quinta-feira (28) a uma série de viagens por todas as regiões do Brasil em busca de unidade em torno do seu nome. Para a convenção nacional do partido, que ocorre em março, o atual presidente nacional do PMDB quer se manter à frente da legenda, mas ainda não sabe se concorrerá com uma chapa adversária.
Liderança de Temer começou a ser questionada após críticas de que ele teria interferido nas discussões internas do partido no Congresso Nacional
José Cruz/Agência Brasil - 17.11.15
Liderança de Temer começou a ser questionada após críticas de que ele teria interferido nas discussões internas do partido no Congresso Nacional
Já na primeira semana, cinco Estados serão visitados, no périplo que vem sendo chamado de “Caravana da Unidade”. Nesta quarta (27) Temer reúne lideranças locais no Paraná e em Santa Catarina e, na sexta, participa de eventos na Paraíba, no Rio Grande do Norte e em Pernambuco. Nas conversas, ele deverá discutir o documento Uma Ponte para o Futuro, lançado pelo partido em outubro de 2015 e que critica “excessos” econômicos cometidos pelo governo.
O objetivo de sua equipe é fazer com que Temer passe por todas as unidades da federação, exceto os lugares onde o problema de “unidade” da legenda já está resolvido, como São Paulo. O cronograma das visitas envolve viagens agendadas até a primeira quinzena de março, antes da convenção.
Temer nega interferência e diz buscar harmonia
A liderança de Temer começou a ser questionada após críticas de que ele teria interferido nas discussões internas do partido no Congresso Nacional. Depois da deflagração do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, a disputa pela liderança da Câmara foi afetada por uma decisão da Executiva Nacional do PMDB de filtrar a filiação de deputados federais ao partido. Temer nega as interferências e tem dito que busca harmonia e unidade na legenda.
Após o episódio, cogitou-se a possibilidade de o grupo ligado ao presidente do Senado, Renan Calheiros, concorrer ao comando do PMDB. Até o momento, porém, a expectativa de a bancada da legenda no Senado apresentar uma chapa de oposição a Temer ainda não ganhou força. Segundo o líder do partido na Casa, senador Eunício Oliveira (CE), não há uma chapa contrária formada, mas a possibilidade não é descartada.
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O parlamentar, que estava em viagem ao exterior, disse ao
 iG que quando desembarcar no Brasil, nesta quarta-feira (27), pretende conversar com o maior número de pessoas possível para discutir o assunto. “Não tem um posicionamento hoje. Eu vou trabalhar para que a gente faça a unidade do partido. Mas se não for possível, é democrático qualquer tipo de disputa”, defendeu.

Responsável pelos contatos com os diretórios regionais do partido, o ex-ministro Eliseu Padilha, que deixou o governo em dezembro após a abertura do processo de impeachment, disse que a intenção da caravana de Michel Temer é elaborar uma composição com todas as forças internas, e prestigiar as disputas municipais. “Queremos chegar em todos os Estados até a primeira quinzena de março”, disse.
A avaliação de membros da cúpula do partido é de que não é hora para Temer nem seus correligionários promoverem uma espécie de racha na legenda, no momento em que situações mais delicadas estão sendo debatidas.
Apoio ao governo precisa acabar antes de 2017
A convenção nacional é aguardada com expectativa pelos integrantes do PMDB, que devem decidir se continuam apoiando o governo ou se declaram livres para construírem a candidatura à presidência da República. O partido já declarou que terá candidato próprio em 2018 e, para Padilha, há uma data limite para que a aliança com o PT seja desfeita.
“Na minha visão, o PMDB tem que sair do governo porque já tem um projeto de poder em 2018. Quando sair é uma questão que tem de ser decidida coletivamente. Acho que não pode ser depois do dia 1º de janeiro de 2017, quando prefeitos tomam posse e chega na metade do mandato presidencial”, explicou.
A estratégia de Temer ser reconduzido ao cargo, para logo depois se licenciar e dar lugar ao primeiro vice-presidente, cujo nome ainda não foi definido, também não é descartada. Essa hipótese, no entanto, não pode ser publicamente discutida sob o risco de enfraquecê-lo na disputa.
As viagens também servirão para o vice articular as candidaturas do partido em torno das eleições municipais deste ano. Em um gesto para atrair apoio, Temer enviou um documento aos diretórios regionais do PMDB propondo que os candidatos a prefeitos de capitais e de grandes cidades participem dos programas televisivos que irão ao ar a partir de fevereiro. Em geral, apenas quadros com expressão nacional costumam participar das inserções.
Já na primeira semana, cinco Estados serão visitados, no périplo que vem sendo chamado de “Caravana da Unidade”. Nesta quarta (27) Temer reúne lideranças locais no Paraná e em Santa Catarina e, na sexta, participa de eventos na Paraíba, no Rio Grande do Norte e em Pernambuco. Nas conversas, ele deverá discutir o documento Uma Ponte para o Futuro, lançado pelo partido em outubro de 2015 e que critica “excessos” econômicos cometidos pelo governo.
O objetivo de sua equipe é fazer com que Temer passe por todas as unidades da federação, exceto os lugares onde o problema de “unidade” da legenda já está resolvido, como São Paulo. O cronograma das visitas envolve viagens agendadas até a primeira quinzena de março, antes da convenção.
Temer nega interferência e diz buscar harmonia
A liderança de Temer começou a ser questionada após críticas de que ele teria interferido nas discussões internas do partido no Congresso Nacional. Depois da deflagração do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, a disputa pela liderança da Câmara foi afetada por uma decisão da Executiva Nacional do PMDB de filtrar a filiação de deputados federais ao partido. Temer nega as interferências e tem dito que busca harmonia e unidade na legenda.
Após o episódio, cogitou-se a possibilidade de o grupo ligado ao presidente do Senado, Renan Calheiros, concorrer ao comando do PMDB. Até o momento, porém, a expectativa de a bancada da legenda no Senado apresentar uma chapa de oposição a Temer ainda não ganhou força. Segundo o líder do partido na Casa, senador Eunício Oliveira (CE), não há uma chapa contrária formada, mas a possibilidade não é descartada.
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O parlamentar, que estava em viagem ao exterior, disse ao iG que quando desembarcar no Brasil, nesta quarta-feira (27), pretende conversar com o maior número de pessoas possível para discutir o assunto. “Não tem um posicionamento hoje. Eu vou trabalhar para que a gente faça a unidade do partido. Mas se não for possível, é democrático qualquer tipo de disputa”, defendeu.
Responsável pelos contatos com os diretórios regionais do partido, o ex-ministro Eliseu Padilha, que deixou o governo em dezembro após a abertura do processo de impeachment, disse que a intenção da caravana de Michel Temer é elaborar uma composição com todas as forças internas, e prestigiar as disputas municipais. “Queremos chegar em todos os Estados até a primeira quinzena de março”, disse.
A avaliação de membros da cúpula do partido é de que não é hora para Temer nem seus correligionários promoverem uma espécie de racha na legenda, no momento em que situações mais delicadas estão sendo debatidas.
Apoio ao governo precisa acabar antes de 2017
A convenção nacional é aguardada com expectativa pelos integrantes do PMDB, que devem decidir se continuam apoiando o governo ou se declaram livres para construírem a candidatura à presidência da República. O partido já declarou que terá candidato próprio em 2018 e, para Padilha, há uma data limite para que a aliança com o PT seja desfeita.
“Na minha visão, o PMDB tem que sair do governo porque já tem um projeto de poder em 2018. Quando sair é uma questão que tem de ser decidida coletivamente. Acho que não pode ser depois do dia 1º de janeiro de 2017, quando prefeitos tomam posse e chega na metade do mandato presidencial”, explicou.
A estratégia de Temer ser reconduzido ao cargo, para logo depois se licenciar e dar lugar ao primeiro vice-presidente, cujo nome ainda não foi definido, também não é descartada. Essa hipótese, no entanto, não pode ser publicamente discutida sob o risco de enfraquecê-lo na disputa.
As viagens também servirão para o vice articular as candidaturas do partido em torno das eleições municipais deste ano. Em um gesto para atrair apoio, Temer enviou um documento aos diretórios regionais do PMDB propondo que os candidatos a prefeitos de capitais e de grandes cidades participem dos programas televisivos que irão ao ar a partir de fevereiro. Em geral, apenas quadros com expressão nacional costumam participar das inserções.

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