Presidente se reuniu com governadores no Palácio do Planalto. 
Rompimento de barragem da Samarco atingiu cidades dos dois estados.


A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (17), após reunião com os governadores deMinas Gerais e Espírito Santo, que será lançado em conjunto com os dois estados atingidos pelo rompimento da barragem da Samarco – de propriedade da Vale e da BHP – um “plano de recuperação do Rio Doce”. Segundo Dilma, a Advocacia-Geral da União e as procuradorias de MG e do ES vão se reunir nesta quarta (18) para verificar as questões “legais” desse projeto.


No útimo dia 5, a barragem de Fundão se rompeu e provocou um “tsunami” de lama que destruiu o distrito de Bento Rodrigues e varreu outros distritos da região central de Minas Gerais. A lama atingiu o Rio Doce, provocando a morte de peixes e prejudicando o abastecimento de água em cidades banhadas pelo rio. Até esta segunda, 12 pessoas seguiam desaparecidas, sendo nove funcionários da Samarco e três moradores de Bento Rodrigues.


“Não estamos descuidando às questões da revitalização, retorno à vida do Rio Doce. O Rio Doce é responsável pela vida humana, animal, que ocorre numa região importante do Brasil. Então, nós temos agora um posicionamento muito claro. Vamos olhar um plano de recuperação do Rio Doce. Falamos recuperação, inclusive, tornando-o melhor do que estava antes. Revitalizando as nascentes, a mata ciliar”, disse Dilma.

Segundo Dilma, o programa de recuperação do Rio Doce será construído pelo governo federal em conjunto com os estados. "Assim sendo, faremos para amanhã reunião com AGU, procurador do estado de Minas Gerais e Espírito Santo. Esses três procuradores vão avaliar a arquitetura jurídica de todos os problemas e sobretudo desse plano de recuperação do Rio Doce. Essa é uma questão que é muito importante. A partir daí podemos dar exemplo de ação federativa no sentido da recuperação de uma das mais importantes bacias hidrográficas."

A presidente também afirmou que o governo está atento também com as "questões emergenciais" decorrentes da enxurrada de lama provocada pelo rompimento da barragem.
"Estamos muito preocupados também com o atendimento emergencial. Tem populações com perdas humanas. Teve impacto urbano em Mariana. Dois distritos foram muito atingidos, Bento Rodrigues e Paracatu. Esses dois, partes das cidades desapareceram. Esse atendimento emergencial não deve deixar que descuidemos da visão de como as coisas se darão do ponto de vista legal", afirmou.
'Nenhum risco imediato'
O governador de Minas Gerais, que concedeu entrevista coletiva junto da presidente, disse não haver novo risco de rompimento. "O monitoramento das barragems está sendo feito diariamente. Está sendo feito um trabalho de rebocamento. Vai ser colocado no total 500 mil metros cúbicos de pedras. [...] Evidententente, a situação ainda é de emergência na região. [...] Não há nenhum risco imediato", declarou.

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