A espinha dorsal do Corinthians funcionou também na seleção brasileira. Atuações sólidas de Gil, Elias e Renato Augusto contra o Peru, na última terça-feira, convencem Dunga de que o trio pode auxiliar bastante nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.
O treinador frequentemente garante que 'todos os convocados estão ali porque têm condições', mas a concorrência é tamanha que o tripé alvinegro poderia nem entrar em campo. Só Elias vive condição de titular do time canarinho, enquanto Gil e Renato Augusto foram convocados como opção.
O zagueiro ganhou lugar com a suspensão de David Luiz, enquanto o meia foi acionado após o meio-campo brasileiro ir mal contra a Argentina. Na vitória por 3 a 0 sobre o Peru, foram bem, elogiados por Dunga.
"São jogadores de qualidade, assim como há no Barcelona, Atlético de Madrid, Bayern... É importante porque jogam competições fortes, são líderes do Campeonato Brasileiro", avalia o técnico.
O maior brilho foi de Renato Augusto, que fez o segundo gol da seleção para superar o nervosismo que chegou a demonstrar. Gil foi correto na marcação, em disputa muitas vezes individuais com o discreto Paolo Guerrero; enquanto Elias melhorou minimamente suas aparições no ataque, ainda que se aproximando da área timidamente. Só o goleiro Cássio não teve chance, sendo mantido entre os reservas.
"Eu não queria dar referências aos dois zagueiros do Peru", explica Dunga, quando questionado sobre o motivo de usar a dupla do Timão no meio-campo. "As duas alas teriam mais facilidades para atacar, continuaríamos sendo agudos e com mais velocidade individual, mais entradas do Elias e do Renato, mais posse de bola, maior controle do meio-campo", completa.
O plano demorou a dar certo, mas foi efetivo ao passar do tempo. A vitória maiúscula devolve tranquilidade ao técnico da seleção brasileira, que chegou a ser confrontado por boatos de que perderia o cargo. No terceiro lugar das eliminatórias, o time canarinho só volta a campo em março de 2016, quando encara o Uruguai.

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