Eliseu Padilha, do PMDB, abandona o governo e alerta para a tendência de o PMDB fazer o mesmo

Pedro França/Agência Senado - 6.5.15
Eliseu Padilha, do PMDB, abandona o governo e alerta para a tendência de o PMDB fazer o mesmo


Após pedir demissão, o ministro procurou desfazer a ideia de golpe que paira sobre o pedido de impeachment da presidente


Após entregar o cargo de ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha disse que seu partido, o PMDB, está "dividido" em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff e que o vice-presidente Michel Temer deve assumir a posição da maioria da legenda.
“Se ele não tomou, até agora, nenhuma decisão, não fez manifestação nesse sentido, é porque está aferindo o que o partido dele, que tem toda essa segmentação, está pensando e querendo", disse Padilha após sair do Planalto, onde conversou com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner sobre sua decisão de deixar o governo.
"Não posso ter posição diferente da do presidente do partido. O PMDB é um partido que está dividido sobre a questão. Temos que ver qual o segmento majoritário. O presidente Michel está fazendo essa aferição”, disse.
Segundo Padilha, há três alas dentro da legenda: uma ala que defende o governo de forma "incondicional"; uma segunda ala que é "mais ou menos neutra"; e e terceira ala dentro do partido que "faz oposição".
Muito próximo a Temer, Padilha negou que possa assumir uma posição de “articulador” do impeachment, caso maioria da bancada opte pela saída de Dilma do cargo. Da mesma forma, ele negou que Temer assumiria esta função. “O presidente Michel já disse que ele não será articulador de impeachment. Portanto, não serei articulador de impeachment", destacou o ministro que procurou desmentir os rumores de “conspiração”.
"Quem conhece o presidente Michel Temer e quem me conhece sabe que conspiração não cabe. O presidente Michel Temer é um homem que é um democrata vocacionado à observância da lei",enfatizou.

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