Estrela do atletismo mundial, brasileira sonha se despedir do salto com vara com uma medalha dourada no peito em 2016

Fabiana Murer sonha com o ouro em 2016
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Fabiana Murer sonha com o ouro em 2016

A poucos meses das Olimpíadas do Rio, o coração da saltadora Fabiana Murer bate mais forte. Após 18 anos de muita dedicação ao esporte, coroada com a conquista de quatro medalhas de ouro em mundiais de atletismo, e recordes sul-americanos, a maior estrela brasileira do salto com vara vai se aposentar, sonhando superar a melhor marca da carreira: 4,85m. De preferência, com a medalha dourada no peito.
“Estou bem tranquila, mas é lógico que, umas horas, dá aquele aperto no coração. Realmente vou parar. O que eu vou fazer depois, eu me pergunto. Mas, ao mesmo tempo, fico contente de ter escolhido o momento certo. Não tem melhor lugar do que uma Olimpíada em casa”, diz Fabiana, abrindo um largo sorriso no rosto.
Para a festa ser completa, na hora do adeus, Fabiana Murer terá que superar seus próprios limites: “Saltar 4,85m é uma marca muito difícil de ser feita. Meu objetivo é melhorar, saltar os 4,90m. Acho possível e bem palpável. E se for 5 metros, melhor ainda”, garante.
Mas, para subir ao local mais alto do pódio e quem sabe superar os 5,05m, recordeolímpico da saltadora russa Yelena Isinbayeva em Pequim-2008, a brasileira terá que dar o melhor salto de sua vida. A pressão não lhe assusta, nem mesmo a grande expectativa da torcida. Muito pelo contrário.
“O estado de espírito das pessoas que estão ao redor, o ambiente, tudo isso ajuda a criar um bom momento para se saltar mais alto. Eu deixo acontecer... não tento criar expectativa. Se for o momento, se eu estiver bem, se estiver preparada e confiante, o resultado sai”, aposta.
Fabiana Murer
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Fabiana Murer
Para subir ao pódio na Olimpíada do Rio, Fabiana Murer não terá moleza. E mesmo que a recordista mundial Yelena Isinbayeva seja impedida de participar dos Jogos, por causa do escândalo do doping que pode suspender toda a equipe russa de atletismo, as outras rivais também são muito difíceis.
“Conto seis ou sete com chances. A cubana Yarisley Silva, a americana que foi campeã olímpica,Jennifer Suhr, e a inglesa Holly Bleasdale. Muitas podem ganhar, é questão de momento e de quem estiver melhor preparada”, atesta.
O trauma das Olimpíadas de Pequim, em 2008, quando perdeu uma das varas antes de dar o salto, amadureceu muito Fabiana Murer. Após o fracasso, ela redobra a atenção nos mínimos detalhes para não ser novamente surpreendida. Por isso, mesmo com a agenda apertada e muitas viagens, ela vai participar do evento-teste, em maio de 2016, no Engenhão. “Acho importante comparecer e ver se está tudo bem. Quero visualizar o local, ver se a pista será rápida ou lenta, para saber que tipo de vara vou usar”, justifica a atleta.

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