Dilma convocou reunião ministerial para 28 de dezembro e pretende começar o ano com equipe mais “harmônica”

“Não é hora de soltar foguetes”, diz Wagner sobre vitória do governo em relação ao impeachment
Lula Marques/Agência PT - 03.12.15
“Não é hora de soltar foguetes”, diz Wagner sobre vitória do governo em relação ao impeachment
Em conversa com jornalistas, nesta terça-feira (22), o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, ponderou que o governo contará com uma equipe econômica mais “harmônica” em 2016 e apelou que o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, não seja “sentenciado” antes de começar a trabalhar. 
Segundo Wagner, a presidente Dilma Rousseff pretende reunir toda equipe antes do final do ano, no dia 28 de dezembro, para dar o tom do ano que se iniciará. No novo cenário, de acordo com Wagner, a ameaça do impeachment é menor, no entanto, o governo ainda não o considera sepultado. 
“Não é hora de soltar foguetes. Mas apenas de celebrar um momento melhor do que aquele em que estávamos há algum tempo”, disse. “Temos de trabalhar para que as pessoas comecem a acreditar que estamos num caminho que vai chegar a algum lugar. Existe rumo. E se existe rumo, há esperança. A esperança é uma força motriz importante da economia.” 
O ministro fez uma série de ponderações sobre o novo comando da Fazenda e do Planejamento “A troca agora dos ministros da Fazenda foi importante. Barbosa têm competência técnica, mas economia não é ciência exata, a economia de um país de massa tem a ver com psicologia”, ponderou. “Peço que as pessoas não sentenciem o Nelson antes dele começar a trabalhar”, completou.
Wagner ressaltou o histórico do novo titular da Fazenda. “Barbosa é um homem de confiança da presidente, equilibrado, e uma pessoa da casa. Hoje temos uma equipe mais harmônica e integrada. Nada ainda está resolvido. Mas deu-se um caminho melhor do que o que havia. Na fase anterior, o problema era mais de fórmula do que de conteúdo. Havia uma característica de estressar tudo. Agora, as pessoas estão mais leves”.
Um dos primeiros passos em 2016 será em relação à reforma da Previdência que deverá ocorrer considerando três ou quatro eixos. Esta proposta será enviada ao Congresso logo após o recesso parlamentar. “Não terá resultados neste governo, mas precisamos olhar para o futuro, vai dar credibilidade se conseguirmos fazer."
Quanto ao futuro do vice-presidente Michel Temer no governo, após os episódios que explicitaram suas divergências com a presidente Dilma Rousseff, Wagner disse que ele “continuará vice-presidente”.
“Continuará sendo vice-presidente da República. Acho que é tudo”, respondeu o ministro que também avaliou que a oposição acabou abandonado Michel Temer ao perceber que tese do impeachment perdeu força.
“A oposição abandonou Michel Temer em 24 horas”, disse o ministro que não poupou críticas ao senador Aécio Neves. “Ele tenta trafegar na impopularidade do governo”, mas não consegue “emparedar” a presidente.
Ao comentar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Wagner disse que a definição do rito por parte do Supremo Tribunal Federal trouxe alívio à presidente.
"Neste momento, o impeachment está hibernando na sociedade. A oposição está num caminho infrutífero, que está cansando o povo. O Aécio está se desgastando”, considerou.

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