A reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara marcada para esta terça-feira (22), funcionará como um teste de poder para o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tenta reverter, nesta última semana do ano legislativo, a decisão tomada pelo Conselho de Ética da Casa  de abrir investigação contra Cunha por quebra de decoro parlamentar.
Cunha precisará garantir um quórum de 34 deputados, para que a sessão seja aberta. Na segunda-feira, diante de uma Câmara vazia, os líderes que compareceram à reunião com o presidente se dividiam em apostas.
“Eu só tenho dois deputados aqui. O resto está na praia”, disse o líder o SD, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, ao deixar a reunião.
O presidente da CCJ, deputado Artur Lira (PP-AL), convocou a reunião para as 14h30. “Acho que não vai ter quórum, mas estarei lá”, disse Lira, ao desembarcar na segunda-feira, em Brasília.
Cunha, por sua vez, evitou fazer prognósticos. “Não tenho como saber”. E respondeu irritado: “Não pedi ajuda a ninguém, querida”, disse.
O líder do PSD, deputado Rogério Rosso, que é de Brasília também apostava em um esvaziamento da sessão. “Do meu partido só tem eu e mais dois”. “Acho muito difícil que tenha quórum”.
O mesmo apostou o líder da Rede, deputado Alessandro Molon (RJ).  “Não tem ninguém na Casa”.
Envolvido em denúncias de corrupção, de envolvimento no esquema investigado pela operação Lava Jato, com seu afastamento pedido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, devido às suspeitas de interferência nas investigações, Cunha corre o risco de ver sua tropa de choque se desfazer, apostam parlamentares críticos do presidente da Câmara.
Com Poder On Line

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